Quest para Dante ~x~ Sem criatividade para titulos LOL

Acordei ofegante, os lábios secos e o coração acelerado, as imagens rodopiavam em minha mente e os objetos era captados aos poucos através da minha visão turva. O frio era grande e meu corpo sofria os sintomas, tremia e tinha alguns espasmos. Tussi. Joguei as cobertas de lado e levantei-me, através de lentos passos desci as escadas buscando com determinada urgência o banheiro e ao deparar-me com a porta não tardei a entrar no cômodo. Escovei os dentes e lavei o rosto, a água escorrendo parecia uma navalha que retalhava minha pele como lâminas de gelo, porém, ao me olhar no espelho todas as sensações que meu corpo sentia foram afogadas em um grande mar de frustração. Lá, reproduzido no espelho, a mesmo imagem de um jovem bonito e galanteador que me assombrava a vários anos.

A imortalidade possui diversos fins lucrativos, como por exemplo, ser sedutor para sempre, adquirir experiencia de vida suficiente para dominar um sistema planetário de olhos fechados e o principal, ter poder e dinheiro que lhe capacitariam comprar um pais e ainda sombrar alguns bons milhões em seu saldo bancário. Porém, conforme os anos passam a imortalidade lhe assombra, a mesma imagem refletindo-se no espelho, o mesmo rosto, os mesmos traços, o tempo anda e você fica paralisado nele vendo de camarote as pessoas viverem, envelhecerem e morrem, quem você ama, quem você quer, por quem você morreria mas sabe que não é capaz pois nem Lúcifer quer sua alma ao lado.

Sai do banheiro já cansado de me torturar mentalmente, me sentei sobre a cadeira e peguei o jornal a cima da mesa, suspirei ao passar as páginas, nada de novo, carros, esportes, festas e.... Meus olhos vidraram ao ver o anuncio, um frio correu meu corpo ao prever o que estava acontecendo, Vampiros. Nunca trabalhei para ninguém, porém, sou um caçador das noites e não caço apenas refeições, caço os carmas do mundo, caço os seres mais prepotentes e cheios de si que já pisaram na terra, chupadores de sangue, a alma do diabo na terra, Vampiros, e estar vivo até hoje mostra que nunca falhei diante de um deles. Joguei o jornal sobre a mesa e fui me arrumar, como sempre, elegante e apresentável a qualquer lugar. Depois de arrumado peguei uma maleta na qual levava escondido a alguns papéis um machado de médio porte, dentro desta maleta coloquei o jornal e saí pela porta fazer o que faço de melhor, seguir rastros.

Meus olhos correram a plataforma quase vazia até entrar em conexão com um grande número escrito em uma das vigas que sustentava o teto, "4", encontrava-me na plataforma quatro, porém, algo estava estranho: O local nunca tivera uma plataforma 4 e encontrava-se vazio de mais para o horário. O receio e a preocupação tomaram meu corpo, e ainda tinha aquele cheiro que se ressaltava em meio aos outros, um cheiro de gente morta, porém, não era algo fácil de se perceber já que estava mixado a outros odores. Quando me concentrei no odor e comecei a voltar minha cabeça para trás fui surpreendido pelo som emitido pelo trem em contato com os trilhos seguido do alto som da buzina e do badalar se um sino, substitui a preocupação pela prevenção e abri a mala em minha mão esquerda, com a mão direita segurei o cabo do machado e notei que estava com a lâmina para baixo, perfeito para um ataque de cima para baixo mas me deixando desprotegido de um ataque aéreo. O trem passou a minha frente ao abrir as portas pude notar com clareza que estava vazio "Perfeito, assim as possibilidades de ser surpreendido de dentro são nulas." pensei e entrei no vagão, meus ouvidos captaram uma movimentação agitada atrás de mim e como um instinto, ainda de costas me abaixei e virei com velocidade buscando acertar a costela do que quer que fosse, com o cabo do machado. Minha respiração ficou ofegante e em um salto entrei no vagão e virei-me para minha antiga posição buscando a certeza do que eu achara que estava acontecendo.

A confusão me perseguia e a está altura já formam uma pequena platéia que sem entender muita coisa olhava aterrorizada, o sangue bombardeou mais de pressa minha veias e meu coração, por alguns raros segundos, voltou a se encher de vida lembrando-me de meus ideias e por que caçava com tando ardor. Encontrava-me agora na parte mais remota do vagão, onde nem mesmo as pessoas podiam observar o que ocorria dentro do "cômodo", um local bonito, todo ornamentado em madeira e com as cortinas brancas que entravam em contraste com o dourado que revestia as bordas das janelas e as poltronas. Percebi a guarda do meu oponente se erguer e logo me posicionei para baixo com a parte cortante do machado voltada para cima, não tardou a ele tentar um ataque e utilizando da minha posição já premeditada me abaixei e avancei abaixado tentando esquivar-me do ataque e cortar fora o pé do oponente com um ataque na vertical na canela do mesmo. Minha respiração se controlou ou ver ele caído no chão e não pude conter a fúria, coloquei meu pé sobre seus testículos e comecei a espreme-los enquanto, com o corpo arcado para frente, pousei com firmeza a lâmina do machado sobre o pescoço da vítima. Centrei os olhos diretamente nos dele e antes de me manifestar cuspi em sua face. -Diga-me o que está havendo em Banat.- Murmurei com a voz fria e cortante como uma navalha, pressionei com mais força meu pé contra o testículo da criatura, sabia que não sentiria dor mas a sensação de nunca mais poder se procriar, para um vampiro, era algo vergonhoso e sabendo disso busquei utilizar, na quela hora.